Radiohead Amnesiac 12 anos - A arte de subverter a arte

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Se você é fã do Radiohead até Ok Computer, é bom então não continuar lendo sobre os 12 anos do quinto álbum de estúdio da banda, lançado há 12 anos e que até hoje rende fãs apaixonados na mesma proporção de fãs que odeiam o trabalho.

 

Adentrar o universo por vezes lúdico, por vezes esquizofrênico de Amnesiac requer em de certa maneira, paciência, certa dose de um ouvido apurado com a eletrônica moderna e cabeçuda do Techno e do Jazz descontínuo de Alice Coltrane e Charles Mingus. Munido dessas referência, além de George Orwell, Kafka, Rimbuad, budismo e doses de anarquia política e psicodelia, para nos levar mais rápido aos estados alterados em que o disco foi concebido.

 

Há de ressaltar a pouca recepção do disco por parte de fãs e críticos, logo considerado (até hoje) apenas o resto, as sobras do também genial Kid A, que havia sido lançado meses antes apenas. A divisão das duas obras foi uma mera formalidade da trupe e Amnesiac veio para somar dois lançamentos que primam pela altíssimo acabamento estético, poesias que versam pelas mais profundas discussões humanas e arranjos de uma vitalidade e virtuosismo.

 

Amnesiac soa na primeira impressão um amontoado de colagens eletrônicas, as guitarras? estão lá, mas remodeladas em conexões sintéticas e andamentos improvavéis, Thom Yorke soa como um cyborg que vaga por um longo caminho, entre rios e paisagens mórbidas, solitárias, confusas e enloquecedoras, tudo, numa verdadeira saga de volta a si mesmo. Mergulhar no universo marciano de Amensiac é percorrer entre suas entrelihas de poesias e sons, um mundo até hoje ainda não totalmente desbravado, um convite atemporal ao entorpecimento.

 

Radiohead-Amnesiac

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