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Radiohead na compilação dos 25 anos da XL Recordings

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A editora independente britânica XL Recordings, a lançar músicos desde 1989, anunciou a compilação Pay Close Attention, que pretende celebrar os 25 anos da editora. A compilação está dividida em duas partes: uma primeira, dedicada ao underground, com nomes como Dizzee Rascal, SBTRKT ou Jamie xx, e uma segunda parte dedicada aos grandes nomes que marcaram a editora, com destaque para Radiohead, The White Stripes, M.I.A., The Prodigy, Adele ou Bobby Womack, entre outros.

 

A editora comandada por Richard Russell começou em 1989 a lançar artistas dentro do estilo rave music, mas foi incorporando projetos mais abrangentes da música de dança até nomes estabelecidos do pop e do alternativo, contando hoje em dia com artistas como Jack White, Adele, Sigur Rós ou Vampire Weekend, entre outros nomes, nas fileiras. A compilação estará disponível a partir de 25 de Agosto, em vinil, CD e via download.

 

CD 1


1. SL2: ‘DJs Take Control’
2. The Prodigy: ‘Out Of Space’
3. Awesome 3: ‘Don’t Go (Kicks Like A Mule Mix)’
4. Liquid: ‘Sweet Harmony’
5. Jonny L: ‘Piper’
6. Roy Davis Jr. featuring Peven Everett: ‘Gabriel (Live Garage Version)’
7. Dem 2: ‘Destiny’
8. Nu-Birth: ‘Anytime’
9. Basement Jaxx: ‘Jump N’Shout’
10. Dizzee Rascal: ‘I Luv U’
11. Wiley: ‘Igloo’
12. Various Production: ‘Hater’
13. Giggs: ‘Talkin The Hardest’
14. SBTRKT: ‘Wildfire (featuring Little Dragon)’
15. Jamie xx: ‘All Under One Roof Raving’

 

CD 2


1. The Prodigy: ‘Firestarter’
2. Peaches: ‘F**k The Pain Away’
3. The White Stripes: ‘Seven Nation Army’
4. Devendra Banhart: ‘I Feel Just Like A Child’
5. Ratatat: ‘Seventeen Years’
6. MIA: ‘Paper Planes’
7. Thom Yorke: ‘The Eraser’
8. Gil Scott-Heron: ‘New York Is Killing Me’
9. Radiohead: ‘Weird Fishes / Arpeggi’
10. Tyler, The Creator: ‘Yonkers’
11. The Horrors: ‘Sea Within A Sea’
12. Jai Paul: ‘BTSTU (demo)’
13. Bobby Womack: ‘Please Forgive My Heart’
14. The xx: ‘Angels’
15. Sampha: ‘Too Much’
16. Vampire Weekend: ‘Step’
17. King Krule: ‘Easy Easy’
18. Adele: ‘Rolling In The Deep’

 

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Fonte | BODYSPACE

Radiohead é a banda mais influente na música atual para o NME

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Em sua mais recente edição, o semanário britânico NME fez uma lista com os cem artistas que mais influenciam a música contemporânea. O primeiro lugar ficou com o Radiohead (foto).

O jornal explicou que para chegarem aos 100 nomes, eles deixaram o muitos dos cânones estabelecidos de lado. Assim, nomes como Bob Dylan, Elvis Presley, Who e até os Beatles ficaram de fora, por, segundo eles, não estarem influenciando diretamente os artistas mais novos. Ainda que o som deles esteja obviamente na base de praticamente tudo o que se escuta atualmente.

 

Apesar do critério um tanto discutível, essa decisão abriu espaço para que gente que raramente é lembrada em listas desse tipo aparecessem com destaque - artistas pouco conhecidos como Gun Club, Triffids, The Chills e Nick Lowe acabaram marcando presença no top 100.

 

Ainda assim vemos Black Sabbath, Led Zeppelin Joy Division, Velvet Underground, Bruce Springsteen e David Bowie - este na segunda colocação - na lista.

 

Voltando ao Radiohead, o NME diz que, enquanto na metade dos anos 90, a maioria das bandas estava gastando dinheiro com cocaína e simplesmente ligando um pedal de distorção para fazer seus discos, o quinteto britânico preferiu usar de seu tempo e dinheiro para construir um estúdio onde passaram a buscar sons jamais ouvidos até então.

 

O texto diz que a banda segue nessa trilha inovadora e experimental até os dias de hoje e cita bandas como Arcade Fire, TV On The Radio, Tame Impala e The XX entre os nomes que foram influenciados por eles.

 

Sobre David Bowie (ao lado), o jornal diz que , entre os artistas da "velha guarda", o nome dele é o que os jovens artistas citam com maior regularidade atualmente.

 

Kanye West, White Stripes, The Strokes, The Flaming Lips, Gun Club, Kate Bush, Nick Cave
e The XX foram os outros nomes que ficarm no top 10 dos artistas mais influentes do momento

 

 

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Fonte: VAGALUME

Radiohead entre as bandas mais deprimentes de sempre para o Gigwise

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O site de música Gigwise resolveu eleger as bandas mais deprimentes de sempre "numa das épocas mais deprimentes do ano". The xx, Joy Division, Radiohead, The Smiths e The National são alguns dos 23 nomes selecionados pela equipa do site britânico.

 

"A promessa não tão distante assim do Natal revela que há um breve momento de descanso no horizonte, mas com a época de festivais a desvanecer-se na memória e o próximo verão ainda demasiado longe, aqui estamos nós - a sentir pena de nós próprios": é assim que o Gigwise defende a vontade de fazer esta lista:

 

Joy Division

The Cure

The Twilight Sad

Manic Street Preachers

The Weeknd

The Antlers

Björk

Bon Iver

Elbow

Interpol

Nick Cave & The Bad Seeds

Death Cab for Cutie

Bright Eyes

The National

Public Image Ltd

Portishead

Radiohead

The Smiths

David Sylvian

Sigur Rós

Nine Inch Nails

Smashing Pumpkins

The xx

 

Matéria Original na blitz

Ok Computer e In Rainbows entre os melhores para a MOJO

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A Mojo – Popular revista do Reino Unido – está completando 20 anos e para comemorar pediu aos seus leitores elegerem os 20 álbuns mais marcantes dessas duas décadas. O primeiro ficou com o The White Stripes e seu Elephant (2003), no entanto, a lista está recheada de clássicos que incluem dois discos do Radiohead, Ok Computer (1997) e In Rainbows (2007).  Os mesmos leitores chegaram a eleger Ok Computer como o melhor disco de todos os tempos. Confira a lista completa:

 

 
Mojo's 20 albums

 

 

1 The White Stripes - Elephant

2 Arcade Fire - Funeral

3 Bob Dylan -Time Out Of Mind

4 Radiohead - OK Computer

5 The Strokes - Is This It

6 Flaming Lips - The Soft Bulletin

7 Fleet Foxes - Fleet Foxes

8 Wilco - Yankee Hotel Foxtrot

9 DJ Shadow - Endtroducing

10 Arctic Monkeys - Whatever People Say I Am, That's What I'm Not

11 Beck - Odelay

12 Jeff Buckley - Grace

13 Mercury Rev - Deserter's Songs

14 Radiohead - In Rainbows

15 PJ Harvey - Let England Shake

16 Oasis - (What's the Story) Morning Glory?

17 Portishead - Dummy

18 Pulp - Different Class

19 Nirvana - In Utero

20 The Libertines - Up The Bracket

 

Aqui

Atoms For Peace indicado ao primeiro YouTube Music Awards 2013

 

Acontecerá no próximo dia 03 de Novembro em Nova Iorque a cerimonio do primeiro YouTube Music Awards. A premiação será transmitida via Streaming e terá direção de Spike Jonze. As categorias incluem Vídeo do Ano. Artista do Ano/Resposta do, Ano, Fenômeno YouTube, Revelação e Inovação do Ano, esse último conta a indicação do vídeo de Ingenuo, primeiro trabalho visual do Atoms para o disco Amok.

 

Você pode ler um artigo sobre o vídeo> Aqui.

 

Nomeações YouTube Awards 2013:

 

Vídeo do Ano:

 

Epic Rap Battles Of History - 'Barack Obama vs Mitt Romney'
Demi Lovato - 'Heart Attack'
Girls' Generation ­- 'I Got A Boy'
Justin Bieber (feat. Nicki Minaj) - 'Beauty And A Beat'
Lady Gaga ­- 'Applause'
Macklemore & Ryan Lewis (feat. Mary Lambert) - 'Same Love'
Miley Cyrus ­ - 'We Can't Stop'
One Direction - 'Best Song Ever'
PSY - 'Gentleman'
Selena Gomez ­ - 'Come & Get It'

 

Artista do Ano:

 

Eminem
Epic Rap Battles
Justin Bieber
Katy Perry
Macklemore & Ryan Lewis
Nicki Minaj
One Direction
PSY
Rihanna
Taylor Swift

 

Resposta do Ano:

 

Boyce Avenue (feat. Fifth Harmony) ­- 'Mirrors'
Jayesslee ­- 'Gangnam Style'
Lindsey Stirling and Pentatonix ­- 'Radioactive'
ThePianoGuys ­- 'Titanium / Pavane'
Walk Off the Earth (feat. KRNFX) - 'I Knew You Were Trouble'


Fenómeno YouTube:

 

Rihanna - 'Diamonds'
Psy - 'Gangnam Style'
Baauer - 'Harlem Shake'
Taylor Swift - 'I Knew You Were Trouble'
Macklemore - 'Thrift Shop'

 

Revelação YouTube:

 

Kendrick Lamar
Macklemore & Ryan Lewis
Naughty Boy
Passenger
Rudimental

 

Inovação do Ano:

 

Anamanaguchi ­- 'ENDLESS FANTASY'
Atoms For Peace ­- 'Ingenue'
Bat For Lashes ­- 'Lilies'
DeStorm ­- 'See Me Standing'
Toro Y Moi - 'Say That'

 

Billboard

Radiohead, a trilha sonora de Sandra Bullock para "Gravity"

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Em entrevista ao The New York Times, a atriz americana Sandra Bullock revelou entre outras coisas, como conseguiu montar o personagem para o filme Gravidade (Gravity) novo trabalho do mexicano Alfonso Cuarón de Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban (2004), Children of Men (2006). Bullock ouviu muito Radiohead, além de sons de baleias e músicas experimentais. A produção que chegará ao Brasil em outubro, promete ser um dos melhores filmes do ano. O som da banda está entre as formas que a atriz encontrou para dar emoção ao seu personagem.

 

NYtimes

Samba indie: Radiohead na Sapucaí

Via: Popload

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Tudo bem que eles demoraram muito para passar por aqui com turnê e tal, mas não dá para negar que a turma do Radiohead ama o Brasil de um jeito peculiar, especialmente o guitarrista Ed O’Brien.

Ele, que já veio ao país em outras oportunidades para passear, sempre mostrou interesse em “coisas nossas”. Já passou Réveillon em São Luiz do Paraitinga e visitou o espaço do AfroReggae com o Caê, por exemplo. Gosta tanto da vibe misteriosa daqui que escolheu o país para passar o “fim do mundo”, em 2012. Ou que não foi ele, e sim o colega de banda Jonny Greenwood. Ou os dois. Ou nenhum dos dois, como foi desmentido pela banda. Mas que foi confirmado pelo dono da fazenda/hotel e pelo secretário de turismo da cidade. Talvez nunca saberemos da verdade.

Em férias do Radiohead, que deve voltar ao estúdio para gravar novo álbum somente no segundo semestre, o guitarrista Ed O’Brien veio de novo ao Brasil por estes dias para conferir de perto um dos nossos maiores produtos de exportação: o Carnaval. Ele, que geralmente curte a festança de Paraitinga, deu um pulo em um dos camarotes da Sapucaí para conferir o desfile das escolas de samba. Meu medo é que, depois do tecnobrega dos Strokes, esses gringos queiram se aproveitar dos nossos ritmos em suas músicas. Imagina um sambinha do from-outer-space Radiohead para concorrer ao prêmio de “música mais bizarra e misteriosa do ano” junto com a “One Way Trigger”…

A foto do Ed (à direita) ao lado de um amigo (?!) apareceu no Instagram e indica que ele provavelmente estava se divertindo com o que estava vendo. Muito!

Fã de Radiohead, ator Elijah Wood conta que ficou petrificado ao encontrar Thom Yorke

Via: VIRGULA

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As estrelas de Hollywood também ficam emocionadas quando encontram seus ídolos musicais. Elijah Wood confessou que ficou petrificado ao encontrar com Thom Yorke, vocalista do Radiohead pela primeira vez.
O ator de O Hobbit e da trilogia O Senhor dos Anéis contou ser um grande fã da banda inglesa à Empire Magazine: "Eu tendo a ficar mais nervoso ao encontrar gente do meio musical. Acho que idolatro mais músicos que atores", disse.

Wood disse, no entanto, que encontrar o criador de Star Wars, George Lucas, também foi uma experiência impressionante. "Encontrei com ela quando tinha 9 ou 10 anos. E foi tudo para mim porque cresci vendo Star Wars", apontou.

Em uma entrevista à Entertainment Weekly, no fim de 2011, o ator contou o que andava ouvindo em seu iPod; The Beach Boys, Holland; ESG, Come Away With ESG; A Certain Ratio, Shack Up; Luke Abbott, Holkham Drones; Talk Talk, Spirit of Eden; The Lijadu Sisters, Double Trouble.

Além de suas atividades "extracurriculares" como fã de música, o ator de 32 anos faz o papel de um matador em série no filme de horror Maniac. Ele também está na terceira temporada da série televisiva de comédia Wilfred.

+ Atoms For Peace: Thom Yorke enquanto DJ e o melhor ensaio fotográfico para uma revista em 2013

Via> Popload

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Daqui pouco mais de um mês, o Atoms For Peace – mundo paralelo de Thom Yorke, muito bem acompanhado de gente como Nigel Godrich e Flea – coloca no mercado seu disco de estreia. “Amok” será lançado dia 25 de fevereiro e já rola por aí algumas amostras do que está por vir.

Para bombar o lançamento, a revista cool Dazed & Confused fez uma “edição colossal” como eles mesmo descreveram, com Thom Yorke na capa, falando do processo de gravação, de música em geral e das suas viagens. E para botar um tempero especial nisso tudo, a Dazed pediu ao Thom uma espécie de mixtape com sons que mostrem o seu “universo”.

Daí que o líder do Radiohead fez um set de 25 minutos, incluindo algumas remixes da sua banda maior para os sons “Bloom” e “Give Up The Ghost”, umas sobras não lançadas do Atoms For Peace, além de sua própria versão para a incrível “Proud Evolution”, do Liars.

Imperdível.

Radiohead no Glastonbury 2013?

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Depois da entrevista de Thom a BBC Radio 1 Zane Lowe, começaram os rumores para o Glastonbury 2013. Em 2011, a banda fez um concerto reduzido e surpresa, onde ainda estava aperfeiçoando a forma que iria levar The King Of Limbs aos palcos. Um ano depois, a tour do disco foi uma das mais fantástica da história do quinteto. Agora, Thom Afirmou que parte da banda poderia tocar no festival esse ano e descartou a presença do Atoms For Peace no mesmo. Será?. O evento acontecerá em Junho.

“Codex” na voz Teen de Willow Smith

A cantora pop teen  Willow Smith, filha do ator Will Smith, lança um novo single. A faixa debruça-se sobre “Codex”, um dos momentos mais intimistas do álbum The King Of Limbs (2011).  intitulado Sugar and Spice. Lançado via Soundcloud, a faixa mostra uma amadurecimento musical da menina de apenas 12 anos, tentando captar o ambiente denso e sereno do Radiohead. Vale a tentativa.

GQ&A: Flying Lotus e Thom Yorke

A revista de moda e estilo de vida - gq-magazine – trouxe essa semana ninguém mesmo que o mestre Flying Lotus. Extenso colaborador e amigo de Thom Yorke, o produtor comentou na entrevista como conheceu a banda (num momento hilário) e também como é sua relação de amizade com Thom Yorke.

What non musical things do you talk toRadiohead's Thom Yorke about?


Whenever we're around it's real, as you guys say, "blokey".  We talk about girls a lot, as well as lifestyle things and our headspaces. I always run to him when I think, "I don't know what to do! I hate myself! How do you keep going on?" [adopts laid back Thom Yorke tone] "Take a vacation man - go to this place!" Whenever I leave the conversation, I go home and then I'll hear some Radiohead and [think] "Damn, I should have asked him how they did this and what that meant!  

Describe seeing Radiohead live for the first time?


It was my birthday in Japan and it was just awesome. We met the band that night too but that first meeting was hella-f***ed up dude. My girlfriend at the time ate some weed edibles - we all did - but she had a really bad reaction. We went down to the holding area for the meet and greet and she had an episode. She had to run to the bathroom and was really crazy and panicking. I had to run to the band and say, "Hey, we should do something together" and then run back and be like "WHAT'S WRONG WITH YOU? DON'T DO THIS NOW!' That was a real bad one, man.

GQ magazine

Ed O'Brien no Brasil? Site da Folha emite errata mas mantém ideia de fim do mundo

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Há quase duas semanas, o F5 – Site de entretenimento da Folha de São Paulo, publicou uma notícia curiosa, que rodou a rede e vazou pelo mundo: Jonny Greenwood estaria no Brasil, esperando o fim do mundo, no interior de São Paulo. São Luiz do Paraitinga seria a casa do multi instrumentista e segundo o secretário de Turismo da cidade, Thom Yorke, Ed, Phil e Colin também estariam chegando.

Depois de representantes da banda negarem a informação e o próprio Jonny, postar fotos e deixar evidente que não estava em nosso país, o site F5 publicou uma errata curiosa. Mudou o nome do integrante – agora é Ed O'Brien que está morando no interior esperando o fim do mundo segundo o site.

Piada ou coincidência? Pergunta o site. Piada.

Radiohead: Um pequeno guia para iniciantes via Guardian

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O jornal britânico The Guardian compilou um pequeno guia para uma boa iniciação ao vasto universo do Radiohead. Com canções de toda a discografia e diferentes aspectos sonoros da banda e uma agradável introdução de cada música. Ouça abaixo e delicie se caso você ainda não conhece uma das melhores bandas de todos os tempos. AQUI

 

Stereogum faz ranking dos discos do Radiohead

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Em um artigo publicado no site Stereogum, Doug Moore faz uma pequena análise da discografia do Radiohead e um ranking dos discos. A discussão sobre o melhor disco de uma banda que possui tantos fãs divididos por discos e fases, que cometeu alguns dos melhores discos das últimas duas décadas e que sempre nos acostumou a obras primas, é uma tarefa polêmica, que serve acima de tudo, para as rodas de discussões dos fãs e claro, do ódio a tal lista.

Como diz o autor

“then feel free to crush my list like a bug in the ground with your comments.”

Que assim seja.

>>>Aqui<<<<

Leitores da NME elegem as 20 melhores músicas do Radiohead

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VIA (collectorsroom)

A NME realizou uma enquete entre os leitores de seu site perguntando quais seriam as 20 melhores músicas do Radiohead. O resultado atesta, mais uma vez, o imenso poderio do clássico OK Computer, lançado pela banda em 1997 e considerado um dos melhores discos de todos os tempos. Das vinte músicas, nada mais nada menos que 7 são de OK Computer. Na sequência, quatro faixas de In Rainbows (2007) e três dos discos The Bends (1995) e Kid A (2000).

Confira abaixo as vinte melhores músicas do Radiohead na opinião dos leitores da NME:

  1. Paranoid Android
  2. Street Spirit
  3. Idioteque
  4. Karma Police
  5. Exit Music (For a Film)
  6. No Surprises
  7. Hot to Disappear Completely
  8. Everything in Its Right Place
  9. Fake Plastic Trees
  10. Pyramid Song
  11. There There
  12. Weird Fishes / Arpeggi
  13. Reckoner
  14. Lucky
  15. Let Down
  16. 2 + 2 = 5
  17. Airbag
  18. Nude
  19. 15 Step
  20. Just

Jacques Greene Fala Sobre Remixar Radiohead

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Via (Creatorsproject) Nos últimos anos, a definição de dance music foi desvirtuada, já não estamos mais presos pelas restrições da definição antiga de batidas uniformes pré-definidas. Desde que você conjure algo que faça as pessoas rebolarem, não há um estilo padrão de beat ou um BPM sendo favorecido em detrimento do outro. Esse é o tipo de liberdade que Jacques Greene gosta. Vindo de Montreal, Greene é parte da geração de criadores de batidas que apareceram com uma grande variedade de música, e um ecleticismo que engloba o exotérico e não despreza os sons do pop. Essa abertura cria um estilo que não é definido por sua velocidade ou batida, mas pelo seu sabor, pura e simplesmente.

A menos que você siga selos de vanguarda como LuckyMe, uma das casas de Greene, sua primeira exposição ao trabalho dele provavelmente foi seu remix de “Lotus Flower” do Radiohead, escolhido por Thom Yorke para o álbum de remixes do King of Limbs, TKOL RMX 1234567, ou talvez por “Another Girl”, uma faixa que pode ser considerada o primeiro hit do produtor. Se nenhuma dessas é familiar, saiba que é ele o cara de óculos do clipe de “212” de Azealia Banks.

Nos últimos meses, Greene soltou seu EP Concealer e o single Ready, e pegou a estrada com o apoio do The xx. Conversamos com o produtor para saber como ele cria seu som com influências de house e R&B, sua descoberta do vinil aos 14 anos, seu envolvimento na cena de música de Montreal com a Ninja Tune e muito mais.

The Creators Project: Quando você começou a criar música?
Jacques Greene:
Por volta dos 13, 14 anos, comecei a comprar discos. Um ano ou dois depois disso, comecei a trabalhar como DJ nos clubes da vizinhança.

Isso é bem impressionante, já que pessoas dessa idade não costumam mais comprar discos.
Sim, tive sorte de começar a sair com pessoas mais velhas da cidade quando ainda era bem novo. Quando eu estava no colégio, estagiei na Ninja Tune por um longo tempo. O único escritório deles na América do Norte costumava ser em Montreal. Trabalhei pra eles enviando CDs promocionais e tal, e me pagavam em vinil. Eu tinha 15 ou 16 anos, levava pra casa alguns discos toda semana. As pessoas que trabalhavam lá obviamente sabiam muito de música, então me indicavam o que procurar na loja de discos local. Saindo com as pessoas mais velhas da Ninja Tune, funcionários e artistas, cresci musicalmente com uma visão mais old school.

LuckyMe é um coletivo de artistas eletrônicos incríveis, como Hudson Mohawke e Machinedrum. Como você se envolveu com eles?
Na verdade, eu já conhecia todos os caras do LuckyMe há uns quatro anos. Na época nós mandávamos uns pros outros um monte de músicas, e estávamos todos conectando às mesmas paradas, cultura e música. Era como uma amizade, uma situação de amor à primeira vista do tipo: “Ah, caras, vocês também gostam do Timbaland? Vocês também gostam de sintetizadores granulares? Isso é tão legal!”

E tudo isso através do MySpace?
É, foi assim com o Lunice e o Rustie. Todo mundo estava falando do Lunice em Montreal. Na verdade, fui eu quem marcou o primeiro show do Lunice. Encontrei ele através do MySpace, mas acontece que a gente frequentava a mesma escola. Assim ficamos amigos, e eu marquei o primeiro show dele. Me envolvi com ele e seus amigos pra fazer uma festa em Montreal. Nós marcamos o primeiro show do LuckyMe na América do Norte, e mesmo quando eles terminaram, a gente começou a se dar bem no mundo real. Era uma amizade. Só gente comum saindo junto e enviando as faixas [do LuckyMe] anonimamente por um tempo porque éramos amigos.

O que você anda ouvindo no momento?
Essa é uma boa pergunta. Tenho voltado pro último disco do Four Tet. E a mixtape do Jeremih. Ele foi um “cara de um sucesso só” alguns anos atrás com aquela música “Birthday Sex”. Ele lançou um disco depois disso, que aliás é incrível, mas semana passada ele lançou uma mixtape chamada “Late Nights” que tem alguns momentos muito incríveis.

Há uma forte influência do R&B na sua música. O que te atrai nesse gênero?
Eu adoro a falta de complicação disso. Não há nenhuma pretensão. É algo bem direto. Se é um disco feliz que celebra o amor, vai ser o disco mais feliz que celebra o amor da melhor maneira. E se é sobre um coração partido, vai ser sobre a dor mais profunda de um coração partido. É lírico, é melodramático. É sempre sobre emoções

Gosto muito de produção glossy pop e produtores de rap, mas o R&B permite muito mais melodia porque tem um cantor ali. São certas coisas e a progressão de acordes no Tricky Stewart, que é o principal produtor da The-Dream, as pessoas gostam disso, como o Timbaland… eles têm momentos muito melódicos nessa música. É uma programação interessante de música. É música descomplicada num sentido que emoções e mensagens são sempre muito claras, puras e diretas. Tem alguns momentos onde eu penso: “Caramba, como eles fazem isso? É genial!” Poucas harmonias vocais – são 8 faixas de vocal e uma das linhas de improviso está se harmonizando com tudo ou fazendo uma contra melodia – simplesmente brilhante, eu gosto disso.

Qual a história por trás da sua aparição no videoclipe de “212” da Azealia Banks?
Ah, isso é meio esquisito. Ela conhece o Travis Machinedrum há muito tempo, e eu também, então acho que somos amigos de amigos desde sempre. O empresário do Travis, Mike Defrates de Montreal, assinou com ela, por sugestão do Travis, e o Mike também é amigo meu. Ele levou a Azealia Banks para Montreal no verão para ajudá-la nas composições e pra por ela no estúdio. Então ela ficou na cidade por dois ou três meses e o Mike disse: “Leva ela pra sair, pra se divertir, mostre a cidade pra ela”, porque nós dois temos relativamente a mesma idade. Então começamos a sair e nos tornamos amigos. Ela fez a gravação de “212” e pediu pra mim e pro Lunice aparecermos no vídeo. Primeiro achei que ia ser um daqueles clipes com milhões de participações especiais e eu apareceria só por um segundo, mas não sei o que aconteceu na produção do vídeo. Acabou sendo só eu e o Lunice e eu fico só olhando pra câmera por uns 10 segundos. É engraçado, se tornou uma coisa tão bizarra. As pessoas achavam que eu tinha produzido a faixa, mas não soa muito com algo que eu faria.

Alguns dos músicos eletrônicos mais talentosos têm vindo do Canadá, como Grimes e Purity Ring. Sendo de Montreal, por que você acha que acontece essa cena emergente de música eletrônica ali?
Não sei, acho que uma das razões é porque o aluguel é barato ali, então é realmente possível viver de música ou fazer o que você quiser fazer. Parece besteira, mas não é preciso ter um emprego ao mesmo tempo, quer dizer, eu costumava ter um trabalho de 60 horas por semana, mas não é preciso e isso te dá mais tempo pra trabalhar no que você quer fazer.

Mas também tem alguma coisa aqui. Um senso de comunidade não tão grande, mas se você vai a um show, vai reconhecer um monte de outros produtores e artistas. É uma cidade pequena, com só 2 milhões de pessoas. Mas nossa vizinhança, que parece que é onde todo mundo mora, é bastante unida. Você cruza com um membro do Arcade Fire no café ou algo assim. É isso. Eu moro a dois quarteirões do estúdio do Godspeed! You Black Emperor. Quando tive meu primeiro estúdio fora de casa, eu o dividia com o Wolf Parade. Acho que é assim aqui, mesmo eles fazendo indie rock, foi inspirador ter o Wolf Parade ensaiando por ali. Acho que tem alguma coisa a ver com ter criatividade à sua volta. Isso acaba alimentando sua alma e contribuindo para suas próprias ideias de alguma maneira. Se você vive numa cidade desprovida de qualquer expressão cultural, como você pode se sentir inspirado e ser criativo? Em alguns casos, isso cria arte através do desespero, porque você precisa criar alguma coisa. Mas é mais fácil se sentir confortável para fazer coisas quando há pessoas ao seu redor. É o efeito bola de neve, sabe?

Você fez o remix para “Lotus Flower” do Radiohead. Qual a história por trás disso?
Recebi um e-mail da XL Recordings: “Ei, Thom Yorke gostaria que você fizesse o remix do single de King of Limbs. Você está interessado?” Demorei alguns dias pra responder o e-mail. Acho que Thom Yorke e a banda escolheram todo mundo da compilação de remixes e eu tive sorte de estar no primeiro lançamento com o Caribou, de quem fui muito fã na minha época de formação em música eletrônica, quando ainda se chamava Manitoba. Então, estar num split de remixes do Radiohead com o Caribou é incrível pra mim porque eles eram grandes influências pra mim naquela época.

Foi tipo: “Uau, estou remixando uma das minhas bandas favoritas de todos os tempos junto com um dos meus músicos eletrônicos favoritos de todos os tempos, pra um dos meus selos favoritos.” Foi uma coisa depois da outra, foi uma loucura. Fiquei muito nervoso trabalhando nisso. Nenhum dos meus amigos sabia, nem meus pais… não dividi essa informação com ninguém até ter certeza de que o remix tinha sido aprovado e ia mesmo acontecer.

Projeto Rain Down - Entrevista de Andrews Guedis para a Revista Tema

Por: Regina Faria

 

Cenas do projeto Rain Down, o multicam do Radiohead 44 JUL/AGO 2012 show da banda Radiohead foi tão bom que, ao chegar em casa, a vontade era de continuar curtindo o som, relata Andrews Ferreira Guedis, lembrando­ se do evento de 2009, em São Paulo.

Comecei a caçar vídeos que as pessoas tivessem gravado e postado na internet. Fiz a junção de alguns trechos e coloquei no Youtube?, conta Andrews. No dia se­guinte, minha caixa de e-mail estava lotada, com muita gente pedindo o DVD completo?.

Meses de­ pois, o fã disponibilizaria na rede vídeos extensos não só do show paulista, mas também do carioca, com a compilação de mais de 700 arquivos grava­ dos por celulares e outros dispositivos móveis, enviados por cerca de 400 expectadores.

A crítica elogiou o trabalho, destacando a mul­tiplicidade de olhares em uma edição dinâmica, que valoriza a pulsação da música e o efeito da platéia contagiada?.

Andrews continuou a fazer o que os adeptos chamam de multicam, sempre de bandas que lhe agradam como Smashing Pumpkins ou Muse.

E respeitando a premissa sagrada de distri­buir o produto final gratuitamente, além de menci­onar o nome de todos os que enviaram material para cada música.

Quando edito, tento utilizar os arquivos do maior número possível de pessoas?, acrescenta Na­ lini Vasconcelos, que começou a fazer multicams com a mesma motivação de Andrews: ter mais material da banda preferida após o show.

Nalini co­meçou recrutando material dos amigos e hoje faz vários trabalhos colaborativos, entre os quais se destaca uma multicam do show do U2, que teve apoio para divulgação do site U2br, para o qual escreve.

Hoje em dia, em todo o país, tem sempre alguém editando um vídeo colaborativo desses?, constata Nalini. E a idéia também tem muitos adep­tos pelo mundo, em escalas variadas.

O recurso de contar com a diversidade dos olha­res da platéia para compor vídeos criativos acabou sendo incorporado por produtores, tanto de grandes estrelas da música quanto de artistas do merca­ do independente.

O site oficial de Michael Jackson exibe um vídeo para o qual colaboraram 1500 fãs, que aparecem dançando e cantando como o ídolo fazia, em uma homenagem póstuma ao cantor.

Com menos trabalho de edição, mas facilitando muito a interatividade instantânea, a banda australiana C­Mon & Kypski disponibiliza uma página com o passo a passo para que o internauta ligue sua webcam e envie seus frames, imitando os gestos dos integrantes da banda.

Feita dessa forma, a vídeo música More Is Less já tem quatro minutos de duração, algumas centenas de colaboradores e a perspectiva de crescer indefinidamente.

Talvez pela atual facilidade de coletar imagens, a multicolaboração em forma de vídeo é a que mais rapidamente se encontra na internet.

Mas a idéia de criar coletivamente parece ter sua gênese na música e no sonho de escrever um texto em grupo, idéias que estão vivas na rede desde o início dos anos 2000.

Em 2002, por exemplo, Tom Zé lançou o álbum Jogos de Armar, contendo um CD conven­cional e um segundo disco com trechos de instru­mentos e vozes abertos à utilização de quem se interessasse, com um literal ?convite a meter a mão?.

Já Hermeto Pascoal liberou em seu sítio as partituras de sua obra, acompanhadas de autoriza­ção de próprio punho para o uso de todas as músi­cas e um apelo para que ?aproveitem bastante?.Em outros endereços, como no colaborativo Overmixter, há espaço para compartilhamento de samples e remixes.

Porém, essas ferramentas ainda não são utilizadas em todo seu potencial, segundo Felipe Obrer, consultor de comunicação que estuda o mundo multicolaborativo.

Iniciativas como premiações e eventos são necessárias para animar a criação coletiva.

Há sempre o problema do tempo disponível dos criadores e a necessidade de alguma forma de
retorno, não necessariamente monetário, para que essas iniciativas continuem pulsantes?,
constata Felipe.

Artesãos Digitais Em termos de escrita, projetos de autoria coletiva continuam a surgir na internet, embora seja muito freqüente encontrar textos que não resultaram em publicações como originalmente se pensou.

Apesar dessa constante, há projetos como o Join2write, construído por portugueses, que prima pela organi­zação e está em plena atividade colaborativa: pro­ põe tema, estilo, tamanho e faz uma prévia seleção dos textos enviados pelo site da iniciativa para fazer parte de um livro colaborativo.

O grupo já conta com três de sete capítulos projetados e permanece aberto à participação de escritores interessados.

Iniciativas de arte colaborativa produzida pela rede, seja a edição de multicams ou de livros
escritos a várias mãos, encontram tradução em linguagem poética nos 25 tópicos que compõem o Manifesto dos Artesãos Digitais, publicado em 1997 por Ri­chard Barbrook e Pit Schultz.

Diz seu primeiro artigo: ?Somos os artesãos digitais.

Vamos homenagear o poder prometéico do nosso trabalho e da nossa imaginação moldando o mundo virtual.

Hackeando, codificando, fazendo design e mixando, nós cons­truiremos um mundo conectado por nosso próprio esforço e inventividade?.

Cenas do projeto Behind the Mask, dos fãs de Michael Jackson(1); e cenas do multicam do U2 360º (2) ROTEIRO DE ARTE COLABORATIVA De multicam de show de rock a reflexões sobre a autoria coletiva, confira alguns pontos de partida para conhecer mais sobre produções em grupo ? Multicam do Radiohead ? Projeto Rain Down ? Livro colaborativo:? De braços levantados?

+ no raindown.com.br

Último dia do Optimus Alive: Radiohead dominam o cosmos

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A música dos Radiohead não é de consumo fácil. Não tem refrãos ‘decoráveis’, não apela à palminha sincronizada, ao ui ui ye ye e nem Thom Yorke é conhecido por palavreado com o público, em que abundam os ‘I Love Lisbon’. Magro, elétrico, entrega-se, contorce-se, mas o contacto imediato de terceiro grau que tem lugar ali é a música e não o espírito de entretenimento que o dá. Frio? Não, pelo contrário. De uma rendição completa, também ela física, de luta, exorcismo e poesia.

Torcemos o nariz a uma atuação da banda de ‘Ok Computer’ num grande palco, para uma multidão. Música desta é para palcos mais íntimos, em que o silêncio anda de mão dada com a celebração e com muito, muito, respeito. Mas damos a mão à palmatória: a música é uma linguagem universal e, no caso dos Radiohead, tão visceral que emudece as mentes mais inquietas. Afinal, o indie, ou estilo alternativo, não é uma questão de números, é uma questão de opções estéticas. Os Radiohead provam-no há duas décadas sem espinhas.

Thom Yorke, Jonny e Colin Greenwood, Ed O'Brien e Phil Selway subiram ao palco às 10h30 da noite de domingo, dez anos depois do concerto no Coliseu de Lisboa (que esgotou em 2002 em menos de 24 horas), num recinto esgotado e ansioso. Todos tinham vindo em romaria ver os cinco magníficos: e nem todos garantidamente porque eram fãs a sério. A moda também pesa nestes assuntos e é impossível negar que gostar de Radiohead tornou-se, nos últimos anos, um ato cool, como ter um Iphone.

Eram 55 mil pessoas em Algés que aguardavam, como é claro, os velhos êxitos, mas que acabaram arrebatadas por um alinhamento que inventou o seu alimento em temas pós 1997, ou seja, pós o apocalipse de álbuns icónicos como ‘Ok Computer’. A escolha foi perigosa, mas os Radiohead não são conhecidos por algum dia terem jogado pelo seguro, e assentou basicamente no álbum ‘The King of Limbs’ . Mas a perfeição e o arrojo são geralmente premiados de êxito e público velozmente se deixou seduzir pelo som que invadiu Algés, acompanhado por um jogo de luz impressionante e por imagens de todos os elementos, a passar em simultâneo nos dois ecrãs.

E ali estavam eles, aqueles que como mais ninguém se atrevem a domar os territórios selvagens do rock e da eletrónica, desprezando o temor da aventura. Caminharem nesse limite, on the hedge, é o ás de ouros de quem atinge a perfeição. Este concerto recordou-nos, como se fosse preciso, que cada música é na verdade uma viagem, em que corpo, mente e espírito – sim, essa entidade vaga com tendência a vaguear por aí – se unem em momentos em que olhar para o palco já não é tão importante como viver a experiência, de olhos fechados, porque o que é bom é raro e precioso.

No final, e como prémio para um público em celebração, vieram os ‘velhinhos’ temas do encore, como "Paranoid Android" ou "Street Spirit (Fade Out). Mas aí, já podia vir qualquer coisa, que ninguém se ia queixar. Tínhamos tido uma trip como há memória de poucas. E sem recurso a drogas.

O obrigado é nosso para eles. Que voltem sempre.

Ler mais: Sapo

O dia em que redescobrimos os Radiohead

No seu último dia, o Optimus Alive esgotou para ver os Radiohead. 55 mil viram-nos recusar o caminho mais fácil. Melhor assim. Mostraram como a sua música ressoa ainda de forma tão poderosa. Entre vários bons concertos, destaque ainda para as Warpaint ou os The Kills.

Fotos de Conceição Pires

(Via Publico) Vivemos um tempo em que a unanimidade quanto à música é inexistente. Não há bandas que congreguem toda uma geração, não há movimentos que levem todos a exibir símbolos de pertença comuns. O mais provável é que sempre tenha sido assim. Mas hoje nota-se mais. O que torna bonito aquilo a que fomos assistindo ontem, domingo, na despedida do Optimus Alive de 2012. Várias reuniões em volta de pequenas unanimidades. No dia em que os 55 mil bilhetes esgotaram. O dia do regresso dos Radiohead, dez anos depois de cinco Coliseus lotados, entre Lisboa e Porto. E foi óptimo ver como a banda de Thom Yorke ocupou o palco sem ceder ao espalhafato cénico ou sentimental que parece ser tantas vezes obrigatório nestes acontecimentos de e para as massas.

O relógio aproximava-se das seis e meia da tarde. No palco Heineken Miles Kane, a outra metade que não Alex Turner, vocalista dos Arctic Monkeys, nos Last Shadow Puppets, rockava como bem rockam os britânicos: coolness a toda a prova, melodia pop bem trabalhada e descargas eléctricas no sítio certo porque, afinal, a Inglaterra foi terra de um boom de blues e tal ficou-lhes inscrito no código genético. Eram seis e meia da tarde e a tenda estava muito bem composta.

Um pouco abaixo, no palco Optimus, o mesmo cenário. A sombra da cobertura do palco marcava o limite do público que se aglomerava para ouvir a limpidez pop dos Best Youth, guiada pela óptima voz de Catarina Salinas. Do palco principal, mais abaixo, erguia-se um rumor. A bateria siamesa dos PAUS, o baixo e os sons que se libertavam dos sintetizadores avançavam a todo o vapor. Ali, às 18h30, estariam tantos quanto os que receberam, no início do Optimus Alive, sexta-feira, os cabeças de cartaz Stone Roses. O ataque rítmico – tudo nos PAUS é ritmo – é rock'n'roll que bamboleia com vivacidade tropical. As canções são libertação de energia num transe que, transe que é, inebria.

“Deixa-me ser”, gritam os bateristas que cantam, Hélio Morais e Joaquim Albergaria – e Makoto Yagyu, o baixista, já navega sobre os braços e ombros do público das primeiras filas. O adjectivo que aplicámos a início – bonito, relembremos – explica-se então desta forma: três concertos em simultâneo num início de dia de festival, período habitualmente consagrado pelo público a ver o que se passa sem se demorar em nada com grande atenção, e os palcos bem preenchidos de gente que parecia genuinamente querer saber o que se passava. Mesmo que, talvez reflexo da baixíssima capacidade de concentração que é marca do nosso tempo, houvesse sempre um burburinho de gente falando muito e muito alto enquanto um concerto, qualquer concerto, decorria. Esse burburinho constante tem sido um clássico nos festivais deste ano. Sendo-o também neste último dia de Optimus Alive, teve luta meritória.

Por exemplo, a do rapaz que, ao nosso lado, funcionou como ponto durante o concerto mais aguardado: cinco segundos de canção e ele gritava-lhe o título com felicidade incontida, a que reunia expressões em vernáculo que o êxtase não conseguia conter, o que desembocava fatalmente no berrar das letras do tema respectivo, em volume tal que o enxame de burburinhos se tornava ruído de fundo muito distante. Mas esse parece ser o efeito dos Radiohead em muito boa gente. Como se a carga emocional daquelas canções, principalmente as do período mais canónico no contexto rock – até Ok Computer, portanto –, fosse o som de uma vitória: a felicidade que sobressai da descida às profundezas da alma. Não é bonito depararmo-nos com elas – “God loves his children”, rosnou Thom Yorke, cruel e sarcástico, no final de “Paranoid android” –, mas o efeito de catarse gerado tem um poder indesmentível. Isso, porém, era antes. Era no século passado.

Os Radiohead que estiveram em Algés são algo mais. Uma banda que mantém a aura de independente quando já atingiu um estrelato massivo e transgeracional. Uma banda que funde pulsar electrónico convulsivo com experimentação rock sem alienar nenhum dos dois universos. E uma banda que age em palco sem que nada a distraia do essencial: as suas canções, a sua música, a sua expressividade.Não há conversas para distrair, além de um “boa noite” a início e, mais à frente, a cortesia da declaração “dez anos é muito tempo, vamos tentar que não seja tanto da próxima vez”. Neste concerto, existiram as canções de King of Limbs, como “Bloom”, a primeira, que ganham uma dimensão física que o álbum não revelava. Existe a incrível precisão da banda, máquina com coração humano que não falha um segundo que seja. Existe Thom Yorke, de barba rala e rabo-de-cavalo, dançando e contorcendo-se de forma histriónica, qual xamã apocalíptico respondendo ao impulso do ritmo quebrado de Phil Selway, o baterista, das linhas de baixo de Colin Greenwood, e dos riffs inesperados e das manipulações eléctricas de Jonny Greenwood e Ed O'brien.

Não foi um concerto de festival, no sentido facilitista do termo. Os Radiohead nunca cá andaram para apaziguar o coração (com nostalgias ou qualquer outro conforto). In Rainbows e King of Limbs, os dois últimos álbuns, estiveram bem representados no alinhamento. “Pyramid song” atirou-nos para os mistérios fora deste mundo de um jazz que se mutou noutra entidade, indefinível. “There there”, do mal amado Hail To The Thief, foi assomo rock tardio e “Bodysnatchers”, a última antes do primeiro encore, um assalto de rock'n'roll irado e conturbado. Neste contexto, a estelar “Climbing up the walls” ou a desolada “Exit music (for a film)”, acompanhadas de palmas suscitadas pela felicidade do reconhecimento, não chegam até nós como êxitos desligados de um corpo de obra comum.
Os Radiohead apresentaram-se em Portugal. Totalmente. Sem concessões. Do frenesim rítmico de “Bloom” à sequência de despedida com “Paranoid android”, “Everything in its right place”, “Idioteque” e, num último encore, “Street spirit (fade out)” – a canção mais distante, a única de “The Bends” –, ficou essa que é a principal angústia e a inspiração primeira da banda. “Fade out, again”, cantou Thom Yorke, uma e outra vez, no final. Anulamo-nos. Desaparecemos. Silêncio.

King of Limbs pode ter sido, como o classificou Thom Yorke, um álbum invisível. Os Radiohead podiam até parecer memória de um tempo que já não é este que vivemos. Pois bem, o concerto no Optimus Alive serviu para mostrar a força com que esta música ainda ressoa no presente. Foi, como se esperava, mas não da forma que se esperava, o momento alto de um dia com a sua mão cheia de bons concertos.
No palco principal, os Kooks foram de uma competência nada ofensiva – é fácil trautear as canções ao fim do primeiro refrão –, mas não deixam muito que contar. São a tradição pop britânica em piloto automático, preparada para alegrar grandes eventos. Algo nos antípodas das Warpaint, que actuando a umas muito diurnas 19h15, no Palco Heineken, não deviam ter-se surpreendido com a reacção dos muitos que as aplaudiram e que reconheceram canções como “Undertow” aos primeiros acordes. Vozes belíssimas derramadas sobre guitarras que divagavam em tangente ao rock'n'roll, que espiralavam até “the stars above the ceiling” e, num final irrepreensível, que seguiram o andamento funk-punk da secção rítmica, tão contagiante quanto o “House of jealous lovers” dos Rapture.Depois das Warpaint, e porque o cartaz suscitava correria para tentar tudo ver, houve no palco principal o festim electro-psicadélico de Caribou, a quem a luz do dia não parecia fazer justiça, a preparar terreno para a hibridez orgânico-digital e para a euforia em queda existencialista dos Radiohead. Houve, quase ao mesmo tempo, B Fachada acompanhado de nada mais que sintetizador e caixa de ritmos, a mostrar como “Afro-chula” é perfeita como canção de apresentação do álbum Criôlo que sairá brevemente. Digamos que a chillwave ganha nervo, ironia e corpo suado e se põe a dançar com ginga africana numa Ibiza inventada em Trás-os-Montes – no final, chegou “Deus, Pátria e Família” e o bom tornou-se (ainda) mais sério.

Enquanto ao longe as luzes do palco principal faiscavam com o crescendo de intensidade de Caribou, no outro extremo do recinto, no palco Heineken, tudo era discrição e fragilidade. Em concerto e a ouvidos desconhecedores, percebemo-lo agora, a música dos Mazzy Star passa facilmente despercebida. A sua intensidade só se revela a quem já tenha com ela uma relação de intimidade, a quem carregue consigo as composições de David Roback e a voz de Hope Sandoval – que continua com o poder encantatório que lhe ouvíamos há duas décadas. Para esses, “Hallah”, “She hangs brightly” ou “Ghost on a highway”; o country-rock como embalo dolente e o blues como fogo lento dos Mazzy Star são uma delícia – negra e por vezes tortuosa, mas delícia. Isso, nem um certo titubear da banda consegue azedar. Mas num concerto em festival, os Mazzy Star não se chegam a revelar a quem não tenha com eles essa intimidade. São a sombra de qualquer coisa e passam despercebidos. Ouviu-se “Fade into you” e, passada a canção que todos conhecem, deu-se a debandada. Havia uma razão de peso – os Radiohead que estavam prestes a entrar em palco. Mas não deixa de ter o seu quê de sacrílego abandonar Hope Sandoval quando, por fim, podemos vê-la e ouvi-la. Quando podemos confirmar que é real e não uma assombração.

Naquele mesmo palco, madrugada dentro, o Optimus Alive mostraria ter ainda, acabado o concerto de Radiohead, umas quantas horas mais de vida viçosa. Primeiro assistimos ao renascimento dos Kills. A agora loura Allison Mosshart e Jamie Hince já não fazem do concerto uma corte sexual alimentada a blues e rock'n'roll. Allison e Jamie, acompanhados de coro e quatro percussionistas em tarolas e timbalões, olham de frente o público, outrora voyeur de um flirt prolongado, e, da mais recente “Heart is a beating drum” às “Kissy kissy” ou “Fuck the people” dos primórdios, tornam-se viagem empolgante pelo “wild side” cantado por todos os bluesman e vertido em canção por Lou Reed – a interrupção do concerto depois de alguém desfalecer entre a assistência pode ser usado como prova disso mesmo.

Naquela tenda que é o palco Heineken, o Optimus Alive prolongou-se noite fora com os Kills e assim continuou com os Metronomy. Em clima de festa. Muito pop, muito funky, muito 80s de bom gosto e bons movimentos de dança. Eram quase quatro da manhã e, pelo número dos que dançavam, por aquele rapaz que decidiu escalar a estrutura de suporte para ver melhor o palco, pelo clima de euforia que ali se vivia, diríamos que a festa estava longe de chegar ao fim. Um cenário, digamos, bonito.