Thom Yorke e o futuro do Radiohead
Pode demorar, como demorou todo os discos pós Kid A/Amnesiac, o próximo trabalho dos Radiohead virá, mas não será fácil, não será leve, será acima de tudo reflexo do tempo de cada um dos seus membros e como mais essa pausa refletiu em suas andanças.
Muitos andam se perguntando oque anda acontecendo com Thom Yorke?, sobre o suposto fim do Radiohead e suas andanças eletrônicas que mete medo em muitos fãs saudosistas dos ingleses. Estaria Yorke pronto a decretar o fim de uma das melhores bandas da história para abraçar de vez seu trabalho solo? a resposta seria NÃO.
Mesmo que diferente, as entrevistas e a postura de Thom reflete-se na verdade em diversas fases do Radiohead. A inquietação mídiatica em meados de 98, ainda na tour de Ok Computer, a saturação com a melodia e a forma de fazer música que se transforma em discos como Kid A e Amnesiac, a próprio inquietação de trabalhar em estúdio que acaba virando o termometro para Hail To The Thief que assim como The Bends (1995) foi um disco feito na estrada.
Chegamos em 2006/2007, quando Ed, tempos depois chegou afirmar que a banda pensou em acabar em meio ao processo de criação do seminal In Rainbows e agora, depois de lançar o último The King Of Limbs, se recusando a trabalhar da mesma forma desgastante que o disco anterior, a banda buscou outra forma de gravar oque refletiu a príncipio num disco obscuro que não parecia pronto para uma turnê, mas que acabou em 2012 rendendo uma das mais fantásticas tour da história da banda.
Por tudo isso, temos a noção de que sempre o Radiohead esteve no limiar de um final melancólico e isso ao contrário do posam brandar alguns pessimistas, acaba no final se revertendo em um disco clássudo. Foi assim com Kid A, foi assim com In Rainbows, Phil Selway mesmo já decretou que cada disco é uma negação do outro, então podemos esperar uma banda disposta a entrar em estúdio nos próximos anos? sim!.
A pausa dessa vez foi pensada, mas, melhor do que isso, serve para cada viver um pouco suas vidas longe dos holofotes dos fãs ou como o próprio Colin Greenwood afirmou, está cada um espalhado pelo mundo. O Radiohead é acima de tudo, pulsação, vida, calor do corpo e da alma, a banda só trabalha aquilo que gosta e que julga ser bom, são perfeccionistas por natureza, são senhores do médoto e Thom Yorke é coração até a alma.
No mais, tudo novo de novo, Thom inquieto, dando entrevistas obascuras que deixam fãs e imprensas preocupados, as vezes sarcastico até a última gota, acima de tudo, criativo, nunca pára, nunca dorme (???) engata projetos e parcerias uma atrás da outra, isso é ótimo, Thom precisa colocar para fora suas ânsias, assim como fez com o disco The Eraser (2006), a banda lançou dois discos depois desse trabalho, portanto, uma coisa não anula a outra.
Pode demorar, como demorou todo os discos pós Kid A/Amnesiac, o próximo trabalho dos Radiohead virá, mas não será fácil, não será leve, será acima de tudo reflexo do tempo de cada um dos seus membros e como mais essa pausa refletiu em suas andanças.
Esparamos ansiosos pelo futuro.